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Como a tecnologia pode ajudar a reduzir acidentes de trabalho

Publicado em 
06
/
10
/
2020
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Como a tecnologia pode ajudar a reduzir acidentes de trabalho
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Segurança do trabalho é um tema importante para empresas de vários segmentos. No setor de Utilities, o assunto é ainda mais sensível, já que as atividades muitas vezes são realizadas em condições de alta periculosidade, como, por exemplo, em linhas elétricas energizadas.

Para garantir a proteção dos trabalhadores na realização de atividades que os exponham a algum tipo de risco, é essencial o uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs). Assim, empresas investem tanto na aquisição desses equipamentos, quanto no treinamento dos colaboradores.

Apesar de todos esses cuidados, invariavelmente, acidentes podem ocorrer. Esses são prejudiciais para as empresas e, claro, para os colaboradores também, ocasionando afastamento do trabalho até prejuízos à imagem e à reputação das organizações.

A tecnologia pode e tem sido utilizada para garantir a segurança no trabalho, criando soluções que auxiliam empresas e os próprios colaboradores a verificar automaticamente se os equipamentos estão sendo utilizados adequadamente.

Identificação de EPs por RFID

Uma das soluções frequentemente adotadas é a utilização de tags RFID (Radio Frequecy IDentification ou Identificação por Radiofrequência) para a identificação de cada equipamento. Para isso, tags RFID são coladas nos EPs, permitindo que sejam detectadas por sensores capazes de ler essas tags.

Os leitores podem, por exemplo, ser instalados nas viaturas das equipes de suporte, permitindo a verificação de que todos os EPs necessários para uma determinada ordem de serviço estão presentes na viatura. Dessa forma, antes mesmo da viatura ser liberada para atender uma ordem (ou um conjunto de ordens), é possível validar se todos os equipamentos de proteção foram colocados no veículo.

Cada colaborador também pode estar equipado com um leitor que identificará os EPs individualmente, de modo que seja possível monitorar quais equipamentos de proteção foram utilizados por ele ao longo de todo o procedimento de operação e manutenção. Caso haja alguma falha, como o esquecimento de um EP, o operador pode ser avisado ainda em campo, via um terminal portátil ou smartphone, evitando, assim, um potencial acidente de trabalho.

Dados gerados por RFID

Além de sua aplicação no campo, as tags também podem gerar dados de uso que, após serem coletados pelos leitores RFID, são armazenados em sistemas centralizados. Nesses sistemas, é possível monitorar remotamente a operação das equipes em tempo real e verificar a conformidade de cada uma delas em relação às normas de segurança da empresa.

Além disso, podem ser gerados relatórios com análises desses dados. Esses, por sua vez, podem auxiliar as empresas a melhorarem suas políticas e normas de segurança, além de nortearem ações relacionadas ao treinamento e conscientização dos trabalhadores com relação ao correto uso dos equipamentos de proteção.

RFID é uma tecnologia de baixo custo bem conhecida que pode ser bastante efetiva no processo de detecção dos EPs utilizados por equipes de operação e manutenção.

Desvantagens da detecção por RFID

Apesar das vantagens acima, as soluções de detecção de EPs com RFID também apresentam alguns problemas ou limitações. Uma primeira limitação é a necessidade de que o colaborador carregue um equipamento adicional, o leitor RFID, entre os outros que ele já necessita utilizar durante uma operação.

Outro ponto a ser considerado é que uma operação pode ter mais de uma etapa, cada uma delas exigindo um conjunto diferentes de EPs. As etiquetas RFID permitirão apenas a identificação de quais EPs que estão sendo usados pelos operadores, mas não será possível detectar a etapa da operação.

Por exemplo, em uma operação na rede elétrica, os operadores podem precisar colocar o cinto de segurança apenas quando estiverem atuando junto à fiação. Outras informações de contexto — como se a rede elétrica está energizada ou não — também podem determinar quais os EPs obrigatórios naquele momento específico.

Visão computacional para a detecção de EPs

Técnicas de visão computacional, baseadas em Inteligência Artificial (IA) também podem ser utilizadas como solução para a detecção de EPs de forma não intrusiva, além de permitir a detecção de contexto do procedimento de operação e manutenção.

Essas técnicas de visão computacional utilizam câmeras (que podem, por exemplo, estar instaladas na viatura da equipe de operação) que monitoraram todo o procedimento da equipe. As imagens das câmeras são processadas por algoritmos de IA para a detecção do uso correto dos EPs em cada etapa da operação.

Nessas soluções, algoritmos de IA são treinados para identificar objetos nas imagens, como capacetes, luvas, óculos de proteção, além de outros elementos de contexto (como os próprios operadores, postes, fiação, transformadores etc.) que sejam relevantes e ajudem a dar contexto a cada etapa da operação.

Dessa forma, ao analisar as imagens das câmeras, a IA conseguirá identificar os EPs necessários em cada uma das etapas conforme o contexto — quando o operador está em terra ou quando está realizando uma operação próxima a fiação de uma distribuidora de energia, por exemplo.

Ou seja, o sistema opera como se houvesse um inspetor acompanhando visualmente todo o procedimento da equipe e apontando eventuais desvios. A solução pode, ainda, incluir o uso de câmeras termográficas que permitam a identificação de superfícies quentes — equipamentos em operação, por exemplo — que possam trazer risco adicional à equipe.

O melhor é unir RFID e visão computacional

Apesar das vantagens em relação à tecnologia RFID, soluções baseadas em visão computacional também têm algumas desvantagens. Uma delas é que, diferentemente do RFID, nem sempre será possível a identificação de um EP específico por meio da visão computacional. Assim, a tecnologia não pode, por exemplo, ser utilizada para garantir que o EP utilizado é do lote correto ou está dentro da validade.

Uma alternativa para mitigar essas limitações é a adoção de uma solução multimodal, isso é, que utilize tanto o RFID quanto visão computacional, agregando o melhor dos dois mundos. A solução teria tanto a precisão do RFID quanto a possibilidade de detecção de informações de contexto da visão computacional, aumentando ainda mais a segurança das operações.

Conte com o Venturus para aumentar a segurança da sua operação

Soluções como essas podem ajudar empresas a terem maior controle e visibilidade sobre a real adesão ao uso de equipamentos de proteção por parte das equipes de campo. Além disso, podem auxiliar as organizações na definição de seus processos e procedimentos de segurança e no planejamento de ações de conscientização e treinamento das equipes.  

O Venturus trabalha há quase 30 anos levando tecnologia para os mais diversos setores e colaborando para a modernização dos negócios. Com tecnologia, é possível reduzir os acidentes de trabalho, diminuir custos e garantir a segurança, bem-estar e saúde dos colaboradores.  

Converse com nossos especialistas e veja como o Venturus pode ajudar a sua operação.  

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