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Inteligência Artificial, será o fim da linha para os profissionais de marketing?
  • 31 de January de 2023
  • Blog

Inteligência Artificial, será o fim da linha para os profissionais de marketing?

Você já ouviu falar nos aplicativos de inteligência artificial chatGPT e Midjourney, certo? Se a resposta foi não, sem problemas, porque neste texto vou contar mais sobre eles e sobre como essas novidades podem impactar o futuro do trabalho dos profissionais de marketing, comunicação e design. 

Essas novas tecnologias ganharam fama no fim de 2022 e têm encantado e assustado ao mesmo tempo. Isso porque elas conseguem produzir textos e criar imagens, respectivamente, usando inteligência artificial. 

 

Entenda o que é o ChatGPT 

Lançado em novembro de 2022 pela startup de pesquisa e desenvolvimento OpenAI, o chatGPT é um protótipo de chatbot com inteligência artificial especializado em diálogo.  

O robô é um modelo de linguagem ajustado com técnicas de aprendizado supervisionado e o modelo de linguagem GPT-3.5, da OpenAI, é uma versão melhorada do GPT-3, que simula o discurso humano, indicando inclusive premissas incorretas e impróprias. Sua base de conhecimento engloba múltiplas fontes de dados que vão até o ano 2021. 

Atualmente ele é gratuito para o público, está em fase de testes e já foi protagonista de vários memes e perguntas na internet. Veja alguns exemplos de aplicação da ferramenta. 

Descrição do perfil de uma persona para um aplicativo focado no público de escalada: 

Fonte: divulgação.

Resposta de um enigma. Neste caso, o chatbot não conseguiu identificar a resposta certa: 

Fonte: divulgação.

Extensão para o Whatsapp com a descrição de uma carta de vendas para vender um apartamento: 

Fonte: divulgação.

 

Conheça o Midjourney 

Midjourney é uma ferramenta que usa inteligência artificial para gerar imagens a partir de descrições textuais, semelhante ao DALL-E e Stable Diffusion da OpenAI. Atualmente, está em fase beta aberta e foi lançada em 12 de julho de 2022. 

Quem tem uma conta no Discord (aplicativo de voz muito usado para gravações de podcasts), pode testar de graça imputando as descrições textuais para gerar as imagens, já que a nova tecnologia não tem um app próprio. Segundo seu fundador, David Holz, a ideia é promover uma experiência social e não limitá-la a um único aplicativo ou sistema operacional.  

É importante reforçar que o Midjourney permite 25 buscas gratuitas, para ter acesso ilimitado é preciso pagar uma assinatura mensal em dólar. Na versão paga, também é possível melhorar a resolução das imagens geradas e criar novas versões delas, mudar tamanhos e resoluções e ainda criar wallpapers na resolução da tela desejada.  

Veja a seguir um exemplo de arte gerada pelo Midjourney. 

Esse é um dos Wallpapers do Venturus com o nosso mascote astronauta: 

Aqui está o exemplo do pedido que nosso Head de Produto e Design, Daniel Furtado, fez para que a ferramenta recriasse o desenho usando IA, “Espaço, ultrarrealista, galáxia”: 

Esse foi o resultado, lindo e impressionante, né? 

 

Novidade no Canva

A Inteligência Artificial está até sendo introduzida em ferramentas que já dominam grandes mercados. O Canva, por exemplo, é um software de design gráfico gratuito, completamente online e utilizado por mais de 75 milhões de pessoas para a criação de todo tipo de conteúdo. Agora, ele também possui funcionalidade para gerar imagens por IA dentro da própria ferramenta.

O aplicativo, chamado “Text to Image”, funciona de forma muito parecida ao Midjourney, criando imagens a partir de textos, mas é mais literal, pois foi pensado para ser usado na composição de designs gráficos dentro do Canva.

Fonte: divulgação

 

O interessante é ver que a presença de recursos de Inteligência Artificial até em uma ferramenta tão popular quanto o Canva indica o tamanho da aposta nessa tecnologia mesmo nas áreas criativas.

 

Inteligência artificial: ameaça ou oportunidade? 

Depois de conhecer e compreender a complexidade dessas ferramentas, você, assim como eu, pode estar se perguntando: então o futuro dos designers, jornalistas e profissionais que produzem conteúdo está fadado a morte dentro de alguns anos? É a máquina mais uma vez superando o homem? 

A princípio o desespero paira e a primeira resposta que vem à cabeça é o sim. Mas, se analisarmos de forma mais analítica, garanto que a resposta é não. E vou explicar por que com alguns exemplos práticos. Assim como todo processo de mudança e evolução, nem tudo será flores. Pode ser que algumas posições, funções e profissionais percam seu espaço, mas não porque a tecnologia vai roubá-los, e sim porque aquilo, de certa forma, evoluiu e não faz mais sentido, ou porque a entrega não estava sendo feita com qualidade. 

A revolução Industrial exemplifica perfeitamente o que estou falando. 

A partir do século 18 até o século 19, a revolução industrial mudou significativamente a forma como as pessoas trabalhavam e viviam. Uma das principais mudanças foi a mecanização da produção, com a introdução de novas máquinas e tecnologias que automatizavam tarefas antes feitas manualmente. Isso acabou com muitas posições de trabalho, especialmente aquelas relacionadas à produção de bens manufaturados, como tecelagem e costura. Por outro lado, também criou novas posições, como operadores de máquinas, engenheiros, técnicos e outros profissionais envolvidos na manutenção e operação das máquinas. Além disso, a revolução industrial também aumentou a necessidade de trabalhadores para transportar e distribuir bens produzidos em massa, o que criou novos empregos em setores como transporte e armazenamento. 

Inclusive, hoje já existem novas posições de trabalho que exigem conhecimento em IA e pagam ótimos salários, como Engenheiros, Cientistas de Dados e pesquisadores, por exemplo. 

O ciclo de maturidade dos produtos pós era moderna também é um exemplo do que estou falando. 

No caso do ciclo de maturidade dos produtos, principalmente os digitais, a tecnologia também deve ser encarada como oportunidade e não ameaça. Só é preciso aprender a respeitar e enxergar os sinais para conseguir aproveitar as oportunidades em vez de deixá-las passar. 

Quando um produto atinge o fim da vida e alcança a maturidade, é comum que a demanda por ele comece a diminuir e que os lucros de uma empresa comecem a cair, por exemplo. Isso pode ser um sinal de que é hora de inovar e criar novos produtos. A inovação pode vir de várias formas, como aperfeiçoamento do produto existente, combinação de recursos para novos usos, ou até mesmo criação de novos mercados.  Sendo assim, a tecnologia é uma importante fonte de inovação, pois permite que as empresas desenvolvam novos produtos e processos que não eram possíveis anteriormente. Por exemplo, a tecnologia de bateria de lítio-íon permitiu a criação de smartphones e laptops leves e com longa duração de bateria, enquanto a inteligência artificial tem possibilitado a criação de sistemas de assistência personalizados e automação de tarefas. A inovação pode ser um fator crítico para o sucesso de uma empresa, permitindo-lhe se manter competitiva e continuar crescendo. 

Esses exemplos mostram que a tecnologia e a inteligência artificial devem ser consideradas aliadas e não uma ameaça, porque elas podem ajudar a automatizar tarefas repetitivas e burocráticas, liberando tempo para que as pessoas se concentrem em tarefas que requerem pensamento criativo e humano. Além disso, a IA ajuda a melhorar a eficiência, a precisão e a velocidade das tomadas de decisões estratégicas, aumentando a competitividade e o sucesso das empresas. Ela também pode ajudar a fornecer insights valiosos através de análise de dados e aprendizado de máquina, e a oferecer melhores serviços e experiências para os clientes. 

O que quero dizer com esses exemplos é que a nossa capacidade humana analítica e criativa sempre será necessária pra saber fazer as perguntas certas em busca de respostas que precisamos. Por isso, quero dividir com vocês o meu teste no chatGPT e como eu usei a as informações geradas por ele para apoiar a construção narrativa deste texto. E aí, gostou? Me conta, o que achou.